A S T R O L O G I A
(As Estações do Ano e os Signos Zodiacais são invertidos nos dois hemisférios da Terra)
|
"TODO SIGNO TEM PELO MENOS 50% DAS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO SEU OPOSTO".
Nos dois hemisférios da Terra, os Signos são opostos, e são semelhantes apenas em suas qualidades Cardeais, Fixas e Mutáveis, e nas polaridades Masculina (ativa, positiva) e Feminina (passiva, negativa).
Qualquer pessoa, independente do Signo a que pertença, é dotada de 50% das características do seu Signo oposto.
O que diferencia os Signos nos dois hemisférios da Terra, por causa das Estações do Ano serem opostas, são o Regente e o Elemento.
Um exemplo:
Se você nasceu no hemisfério sul e acha que o seu signo é Áries (início da primavera), cujo oposto é Libra (início do outono), você tem as características "cardeais e positivas/masculinas" de ambos, pois os dois são cardeais e positivos/masculinos.
Sendo assim, se você ler sobre Áries ou Libra, vai achar nos dois signos muita coisa que se encaixa na sua personalidade.
No entanto, se você nasceu no hemisfério sul, no início do outono, precisa considerar que o "elemento" do início do outono é "AR", ao contrário do "elemento" do início da primavera que é "FOGO". E aí, as características do "elemento" do seu signo, que são ligadas ao período da estação do ano em que você nasceu, somente serão encontradas no signo Libra. E há ainda as características do Astro regente do signo, que também se liga ao período da estação do ano - nesse caso, Marte rege Áries, início da primavera, e Vênus rege Libra, início do outono. E obviamente, as características do seu regente (ar) estarão em Libra.
Desta forma, as características astrológicas que moldam a base da sua personalidade, serão todas encontradas em Libra, o signo oposto a Áries, que você, até então, supõe ser o seu signo.
E o mesmo critério se aplica a todos os demais signos...
"Quando estamos na Primavera do Hemisfério Sul, estamos no Outono do Hemisfério Norte"
"Quando estamos no Outono do Hemisfério Sul, estamos na Primavera do Hemisfério Norte"
Os Signos da Primavera são: Áries, Touro e Gêmeos...
Os Signos do Outono são: Libra, Escorpião e Sagitário...
"Quando estamos no Verão do Hemisfério Sul, estamos no Inverno do Hemisfério Norte"
"Quando estamos no Inverno do Hemisfério Sul, estamos no Verão do Hemisfério Norte"
Os Signos do Verão são: Câncer, Leão e Virgem...
Os Signos do Inverno são: Capricórnio, Aquário e Peixes...
A Astrologia é toda feita de simbologias, e os Signos Zodiacais são apenas "símbolos" que identificam as quatro estações do ano e tudo o que é da natureza de cada período de cada estação:
Áries simboliza o primeiro período (0° a 30°) da Primavera;
Touro simboliza o segundo período (30° a 60°) da Primavera;
Gêmeos simboliza o terceiro período (60° a 90°) da Primavera.
Câncer simboliza o primeiro período (90° a 120°) do Verão;
Leão simboliza o segundo período (120° 150°) do Verão;
Virgem simboliza o terceiro período (150° a 180°) do Verão.
Libra simboliza o primeiro período (180° a 210°) do Outono;
Escorpião simboliza o segundo período (210° a 240°) do Outono;
Sagitário simboliza o terceiro período (240° a 270°) do Outono.
Capricórnio simboliza o primeiro período (270° a 300°) do Inverno;
Aquário simboliza o segundo período (300° a 330°) do Inverno;
Peixes simboliza o terceiro período (330° a 360°) do Inverno.
O simbolismo deve ser o mesmo nos dois hemisférios da Terra, de acordo com as suas respectivas Estações do Ano - o que determina que os Signos Zodiacais se tornam opostos nos dois hemisférios nas mesmas datas do Calendário, porque as Estações são opostas ao sul e ao norte da Linha do Equador.
|
Signos no Hemisfério Sul da Terra
Eu defendo a tese de que os Signos Zodiacais (seja por sincronicidade ou por qualquer outra razão), produzem efeitos duplos, invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra, nas mesmas datas do Calendário, em razão de a Astrologia (que foi concebida e desenvolvida no Hemisfério Norte, em uma época em que se pensava que a Terra fosse o ponto fixo e central do Universo, e só veio para o Hemisfério Sul no século XVI) estar toda fundamentada na relação que há entre os Signos e as Estações do Ano, e elas, as Estações do Ano (que são produzidas de acordo com a relação que a Terra estabelece com o Sol), serem opostas nos dois hemisférios terrestres, por causa da inclinação de 23°,5 que ela, a Terra, mantém constantemente em seu eixo de rotação enquanto executa o seu movimento de translação ao redor do Sol.
Ao contrário do que dizem a literatura astrológica e os Astrólogos tradicionais, para efeitos astrológicos cada espaço de 30° dentro do Zodíaco deve ser considerado como sendo gerador de efeitos duplos e opostos, para que haja correspondente sincronicidade entre os eventos celestes e os fenômenos opostos verificados nos dois hemisférios terrestres, simultaneamente.
Se você nasceu no Hemisfério Sul da Terra, o seu signo de nascimento não é, nunca foi e nunca será aquele que você sempre imaginou que fosse...
O signo de quem nasce no Hemisfério Sul (abaixo da linha do equador) é exatamente o oposto do signo de quem nasce no Hemisfério Norte (acima da linha do equador) na mesma data do Calendário.
Os Signos Zodiacais são a representação exata das quatro estações do ano, e como as estações do ano são invertidas e opostas nos dois hemisférios da Terra, os Signos Zodiacais também são invertidos e opostos.
Astrologicamente falando, tendo por base os conceitos tradicionais, para o hemisfério sul, a coisa toda basicamente funciona assim:
Quem nasce no hemisfério sul, no signo de Áries, vai apresentar todas as características de Libra, porque quem nasce no hemisfério sul nasce no início do outono, ao contrário de quem nasce no hemisfério norte, que nasce no início da primavera, porque Áries é o signo que rege os primeiros 30° da primavera, enquanto que Libra é o signo que rege os primeiros 30° do outono.
E o mesmo acontece com todos os demais signos:
Quem nasce no hemisfério sul, no signo de Touro, vai apresentar todas as características de Escorpião; quem nasce no signo de Gêmeos vai apresentar as características de Sagitário etc, etc, etc...
O Mapa Astral de quem nasce no Hemisfério Sul é sempre o oposto do Mapa Astral de quem nasce no Hemisfério Norte na mesma hora, mesmo dia, mesmo mês, mesmo ano, mesma longitude e mesma latitude...
Não aceitar que os Signos Zodiacais sejam invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra é o mesmo que não aceitar que as estações do ano sejam invertidas e opostas.
De acordo com as Estações do Ano, os detalhes de cada Signo, Astro e Casa correspondentes:
/Áries/
/Touro/
/Gêmeos/
/Câncer/
/Leão/
/Virgem/
/Libra/
/Escorpião/
/Sagitário/
/Capricórnio/
/Aquário/
/Peixes/
As crianças dos Signos/Hemisfério Sul
Dieta dos Signos/Hemisfério Sul
Características opostas e sinais de identificação dos Signos/Hemisfério Sul
Dizer que os Signos Zodiacais não podem ser invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra, porque só existe um Círculo Zodiacal e doze Signos, é o mesmo que dizer que as estações do ano não podem ser invertidas e opostas, porque só existe um Ciclo Sazonal e quatro estações.
Da mesma forma que o Ciclo Sazonal e as quatro estações do ano começam e se desenvolvem ciclicamente em datas invertidas e opostas nos dois hemisférios da Terra, o Círculo Zodiacal e os doze Signos Zodiacais começam e se desenvolvem em datas invertidas e opostas nos dois hemisférios.
Quando se diz que "os Signos Zodiacais são invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra", tal afirmação encontra uma certa resistência para ser assimilada e aceita, em função do hábito adquirido, ao longo de milênios, de se achar que os "efeitos" astrológicos são únicos em toda a superfície terrestre, nunca se considerando o fato de que a Terra se divide em dois hemisférios que são invertidos e opostos entre si, cada qual tendo um ciclo vital completamente diferente do outro, como se constata no fenômeno das quatro estações do ano, que têm início, meio e fim sempre em datas opostas do Calendário.
Ao se dizer que os Signos Zodiacais são invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra, o que se está fazendo é apenas a demonstração de fatos que geralmente passam despercebidos.
A comprovação de que os Signos Zodiacais são invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra se dá da seguinte forma:
A partir da "linha do equador" os graus de latitude são contados em direções invertidas e opostas - ao norte e ao sul - e todos os "fenômenos naturais cíclicos" que se verificam em um hemisfério, desde os primeiros graus de latitude, são invertidos e opostos aos que se verificam no outro, o que é visualmente percebido, por exemplo, na análise das projeções das sombras dos "objetos", resultantes dos efeitos causados pela luz solar - a cada seis meses as sombras invertem a direção.
A razão dos "fenômenos naturais cíclicos" serem invertidos e opostos nos dois hemisférios terrestres se deve ao fato de a Terra ter a sua forma arredondada e de manter constantemente uma inclinação de 23°5 (vinte e três graus e meio) em seu eixo de rotação enquanto executa o seu movimento de translação ao redor do Sol.
Por causa da forma arredondada e da inclinação de 23°5 do eixo de rotação da Terra, os raios solares sempre atingem a superfície terrestre de forma invertida e oposta a cada período de seis meses: de forma perpendicular no hemisfério norte e oblíqua no hemisfério sul durante seis meses; de forma perpendicular no hemisfério sul e oblíqua no hemisfério norte durante os seis meses seguintes, sucessivamente.
Dessa forma as estações do ano acontecem sempre de modo invertido e oposto nos dois hemisférios da Terra, sendo que a diferença provocada pela inversão é percebida de modo cada vez mais acentuado conforme vão aumentando os graus de latitude em cada hemisfério
a partir do "marco zero": próximo à "linha do equador" a diferença é mínima e quase não é notada e/ou sentida (seja em termos de mudança de clima ou de visualização das sombras).
Mas, por menor que seja, a diferença, a inversão e a oposição existem e são marcadas pela "passagem aparente do Sol" (na verdade é a Terra que muda sua posição em relação ao Sol) de um hemisfério para o outro, "fenômeno natural cíclico" que se repete a cada seis meses.
E a partir daí já fica fácil entender que tudo o que nasce em um hemisfério nasce em um ambiente onde os "fenômenos naturais cíclicos" são invertidos e opostos aos que, no mesmo momento, estão acontecendo no outro hemisfério.
Dessa forma pode-se entender o seguinte:
Se duas pessoas nascerem no mesmo momento, na mesma longitude e na mesma latitude, mas em hemisférios opostos, essas pessoas nascerão em meio a "fenômenos naturais cíclicos" invertidos e opostos - e é nisso que reside o que se chama de "inversão e oposição dos Signos Zodiacais".
Muitos detalhes e vários exemplos que levam sempre à essa mesma conclusão estão nos textos seguintes, que mostram que o Signo (ou Mapa Astral completo) de quem nasce no hemisfério sul é exatamente o oposto do Signo (ou Mapa Astral completo) de quem nasce no hemisfério
norte na mesma longitude, na mesma latitude, no mesmo momento.
Levando em consideração o fato de que os Signos são a representação exata das quatro do Ano (que são opostas nos dois hemisférios terrestres), pode-se afirmar que o Mapa Astral de nasce no Hemisfério Sul (abaixo da linha do equador) é exatamente o oposto do Mapa Astral de quem nasce no Hemisfério Norte (acima da linha do equador) na mesma data do Calendário.
Quando as Estações do Ano foram descobertas (em 2000A.C), achava-se que elas eram iguais em toda a superfície terrestre. Somente 3500 anos depois é que se descobriu que as Estações eram diferentes e opostas nas duas metades (dois hemisférios) da Terra...
Com os Signos Zodiacais acontece exatamente a mesma coisa.
Cada hemisfério da Terra, por causa dos 23°5 de inclinação do seu eixo de rotação, sempre recebe, na sua latitude correspondente, quantidade e intensidade de luz e calor de maneira invertida e oposta ao outro.
Isso equivale a dizer que os efeitos Astrológicos são invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra.
Em Astrologia, levando-se em consideração os efeitos que o período da Estação do Ano exerce sobre cada pessoa, no momento do seu nascimento, conclui-se que, quando dois nascimentos ocorrem, simultaneamente, nos dois hemisférios terrestres (norte e sul), os efeitos sobre cada nascimento são invertidos e opostos.
Os símbolos astrológicos (Zodíaco - com seus 360°; e Signos - cada um dos 12 com 30°) são estabelecidos sempre a partir do "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA", quando começa o Ano Astrológico.
Na Terra existem dois "EQUINÓCIOS DA PRIMAVERA": um no Hemisfério Norte e um no Hemisfério Sul.
Os Astrólogos tradicionais não concordam com a tese, dizendo, por exemplo, que se fosse assim não seria possível saber qual seria o Signo de quem nasce "em cima da linha do equador"; dizem também que só existe um Zodíaco e um Signo para cada data do Calendário, e que, portanto, não pode haver Signo duplo e oposto para um mesmo período etc, etc, etc e blá, blá, blá...
Resumidamente, os Astrólogos tradicionais dizem que tudo o que está estabelecido na "literatura astrológica" vale igualmente para os dois hemisférios da Terra e que, quanto aos dogmas astrológicos, não cabe qualquer tipo de contestação.
Como eu não concordo com os Astrólogos tradicionais, mantenho minhas contestações e sigo defendendo a tese de que os Signos, que são a representação das quatro Estações do Ano, devem ser considerados, a exemplo das Estações que representam, duplos e opostos nos dois hemisférios terrestres...
"Apesar de todas as provas que possam ser apresentadas para mostrar que a Astrologia está sendo praticada de maneira equivocada no Hemisfério Sul, e que os Signos Zodiacais são duplos e opostos nos dois hemisférios terrestres, é certo que a Comunidade Astrológica
Tradicional não tem interesse algum em alterar os conceitos que estão estabelecidos (desde os primórdios) na literatura astrológica e que consideram os "efeitos astrológicos" como sendo únicos (iguais) em toda a superfície da Terra, ainda que os seus dois hemisférios apresentem sempre características exatamente duplas e opostas, a partir da linha do equador, como se constata no caso das Estações do Ano, que vêm a ser a representação exata dos Signos Zodiacais - é muito difícil, ou praticamente impossível, que a Comunidade Astrológica Tradicional aceite e assuma que está equivocada em relação à maneira como pratica a Astrologia no Hemisfério Sul, não levando em consideração o simples fato de que as Estações do Ano (que são a base da Astrologia) são duplas e opostas nos dois hemisférios, e que isso equivale a dizer que os Signos (ou os Mapas Astrais) também são duplos e opostos..."
Latitudes diferentes = Signos ascendentes diferentes
Na Astrologia tradicional, no horário Sideral, uma pessoa que tenha nascido, por exemplo, no dia "X", às 07h 22min, na longitude "Y", na latitude 32°, terá Libra como Signo ascendente; se outro nascimento ocorrer, no mesmo dia e horário, na mesma longitude, mas, na latitude 33°, a pessoa terá Escorpião como Signo ascendente.
Em termos de latitude, apenas uma linha imaginária (como a do equador, por exemplo) separa as duas, e no entanto, nos dois nascimentos do exemplo, cada um ocorrido de um lado da linha, os Signos ascendentes são diferentes.
E se, no mesmo horário, um nascimento ocorresse exatamente sobre a linha divisória, no ponto exato da divisão entra as latitudes 32° e 33°, qual seria o Signo ascendente da pessoa?! Libra? Escorpião? Os dois? Nenhum dos dois?!
É com argumento semelhante a esse que os Astrólogos tradicionais dizem não ser possível a existência de Signos opostos ao sul e ao norte da linha do equador, simultaneamente.
Se no caso apresentado como exemplo os Signos ascendentes podem ser diferentes, por que os Signos solares e todos os demais não podem ser diferentes quando se trata de nascimentos ocorridos simultaneamente nos dois lados da linha do equador?!
Uma nova visão da Astrologia
A Astrologia Tradicional, com base em todos os seus conceitos geocêntricos, diz que cada signo tem um único significado, que vale para todos os pontos da superfície terrestre - ponto.
De acordo com os conceitos da Astrologia Tradicional, tal qual ela foi concebida e desenvolvida, a partir da visão que se tinha da Terra e do Espaço Cósmico, estando-se no Hemisfério Norte, sendo a Terra o ponto fixo e central do Sistema, com todos os astros girando por sobre a sua superfície... de acordo com tais conceitos, que são os que norteiam a prática astrológica atual, todos os que defendem e praticam essa astrologia estão 100% corretos, quando dizem que os significados astrológicos de cada data são os mesmos em toda a superfície terrestre, porque, em
última instância, é o que diz a literatura astrológica.
O que se propõe, quando se fala de hemisférios diferentes e opostos e, consequentemente, significados astrológicos também diferentes e opostos, de acordo com a realidade de cada hemisfério, é que se faça uma "outra leitura" dos conceitos astrológicos, que foram estabelecidos sem que fosse levado em consideração o fato de que é a Terra que gira em torno do Sol, mantendo uma inclinação constante de 23°5 em seu eixo de rotação, o que faz com que os seus dois hemisférios, a partir da linha do equador, recebam quantidade de luz e calor (do Sol, por exemplo) sempre de maneira invertida e oposta em cada grau de suas latitudes correspondentes.
Ou seja... fisicamente, materialmente, energeticamente os efeitos da luz e do calor do Sol sobre a superfície da Terra são duplos, invertidos, opostos nos seus dois hemisférios, sendo que a diferença acentua-se, gradualmente, enquanto afasta-se da linha do equador em direção aos polos.
Se algo semelhante acontece ou não, em relação aos demais astros, e se os efeitos astrológicos também se invertem nos dois hemisférios, diferentemente do que diz a ASTROLOGIA TRADICIONAL, é o que se sugere para análise.
O objetivo, quando se fala em inversão de signos e seus significados para cada hemisfério da Terra, não é mudar os conceitos astrológicos tradicionais, e sim estabelecer novos conceitos astrológicos, a partir de uma nova visão da Terra e do Espaço Cósmico, o que nada tem a ver com a visão astrológica tradicional...
Há cerca de 2000 A.C a Astrologia foi concebida e desenvolvida, a partir da visão que se tinha da Terra e do Cosmos, estando-se no Hemisfério Norte.
Desde então, Astrólogos e Astrônomos estabeleceram que o Zodíaco - faixa de 360° (trezentos e sessenta graus) do espaço, por onde aparentemente transita o Sol - deveria ser dividido em 12 (doze) espaços de 30° (trinta graus), cada um recebendo um nome de Signo ("Signo" - símbolo - é apenas um agrupamento de sinais celestes, realizado pelos Astrólogos, para facilitar o estudo da relação que pode existir entre as condições, os acontecimentos terrestres, e os movimentos celestes...), representando, cada um, um período das quatro Estações do Ano, que, na época, imaginava-se serem iguais em toda a superfície terrestre.
Para identificar os 12 (doze) espaços, foram criadas figuras, formadas por estrelas - constelação ("Constelação" é apenas um agrupamento de estrelas, realizado pelos Astrônomos, a fim de facilitar o estudo do céu...) - dentro de cada um dos 12 (doze) espaços estabelecidos, que receberam o nome de Signos.
A partir de então, e durante pelo menos 3500 (três mil e quinhentos) anos, vigorou entre Astrólogos e Astrônomos o conceito de que a Terra era o centro do Universo e de que o Céu movia-se sobre a superfície terrestre - que a princípio era imaginada plana.
Durante todo esse tempo Astrólogos e Astrônomos entenderam que havia, sobre a imaginada superfície plana terrestre, na abóbada celeste, uma faixa (uma espécie de estrada celeste), chamada de Zodíaco, que se movia por sobre a Terra, enquanto que, dentro dela, se movia, de modo cíclico, o Sol, a Lua e mais cinco outros corpos celestes (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) enquanto se desenvolviam as quatro Estações do Ano.
Através do estudo da relação aparente que era estabelecida entre os acontecimentos verificados durante o transcorrer das Estações do Ano, e as posições aparentes que os corpos celestes assumiam dentro da faixa chamada de Zodíaco, Astrólogos e Astrônomos desenvolveram a Astrologia e a Astronomia.
Desde quando as Estações do Ano foram descobertas (2000 A.C), e até a comprovação de que é a Terra que gira em torno do Sol (heliocentrismo), e não o Sol que gira em torno da Terra (geocentrismo), Astrólogos e Astrônomos imaginavam que as Estações do Ano fossem iguais em toda a superfície terrestre, o que justificava pensar-se que os Signos também tivessem os mesmos significados para toda a superfície terrestre, porque cada um deles representava um período de uma determinada Estação do Ano, e, se as Estações do Ano eram imaginadas iguais em toda a superfície da Terra, normal seria, também, imaginar-se os Signos como sendo iguais em toda a superfície da Terra.
Mas, desde o século XVI, quando se sabe que as Estações do Ano são duplas e opostas nos dois hemisférios da Terra, e, sabendo-se que cada Signo representa um período de uma determinada Estação do Ano, o normal é imaginar-se que os Signos também tenham significados duplos e opostos nos dois hemisférios da Terra, cada um de acordo com o período da Estação do Ano que lhe é correspondente .
Todo mundo sabe que é a Terra que gira em torno do Sol, e não o contrário, como diz a Astrologia.
Mas, quando o assunto é Astrologia, os Astrólogos costumam dizer que o importante é considerar a Terra como sendo o centro de tudo, pois, afinal de contas, é aqui que as coisas acontecem.
Ou seja, para os Astrólogos, é a Terra que merece toda a atenção e toda a consideração, por ser aqui que vive o ser humano que, em última análise, é a razão de ser da própria Astrologia.
Mas, afinal, se a Terra é tão importante, se é ela que merece toda a consideração e atenção, então por que não entender e assumir de uma vez por todas que ela, a Terra, é diferente do que diz a Astrologia, a começar pelo fato de que ela tem a sua superfície inclinada em 23°5, o que faz com que os seus dois hemisférios se apresentem, simultaneamente, em condições diferentes e opostas em relação a tudo o que acontece no "espaço" ao seu redor?!
Se é verdade que, astronômica e astrologicamente o "espaço" não se modifica em relação à Terra, também é verdade que, astronômica e astrologicamente, os hemisférios se modificam, pois, de modo simultâneo, cada hemisfério da Terra se posiciona de modo diferente e oposto em relação ao "espaço" ao seu redor, e, por isso, o que diz respeito a um é oposto ao que diz respeito ao outro.
Na Terra, que astrologicamente é o centro de tudo, tudo acontece, simultaneamente, de forma dupla e oposta nos seus dois hemisférios...
A Astrologia foi concebida e desenvolvida a partir de 2000 A.C de acordo com a visão que os Astrólogos do Hemisfério Norte tinham da Terra e da relação que ela estabelecia com o Cosmos - e a visão e a relação eram equivocadas.
A começar pelas Estações do Ano, o que os Astrólogos do Hemisfério Norte conceberam só era válido para a parte norte da linha do equador - inclusive quando se trata exclusivamente do espaço geográfico que compreende os Trópicos.
As pessoas que nascem no Hemisfério Sul, e que se valem dos conceitos astrológicos estabelecidos pelos Astrólogos do Hemisfério Norte para definirem os seus Signos (Solares, Ascendentes, Lunares etc...), podem dizer que nasceram na data deste ou daquele Signo, baseando-se apenas no Calendário, e podem dizer, como é comum dizer, que pertencem a tais Signos.
Mas, por uma questão de lógica, sobre as pessoas que nascem no Hemisfério Sul pertencerem aos mesmos Signos que pertencem as pessoas que nascem no Hemisfério Norte, nas mesmas datas do Calendário, o máximo que se pode dizer é:
- Pertencem "de direito", mas jamais pertencerão "de fato".
Astrologia das Estações do Ano
A teoria Junguiana da Sincronicidade foi baseada em sua compreensão da Astrologia.
"Uma coisa ou pessoa nascida em um momento particular do tempo, possui as características daquele momento no tempo."
A Astrologia começa e recomeça na Primavera do Hemisfério Norte, passando os doze Signos por todos os momentos das quatro Estações do Ano, cada um representando um período/espaço equivalente a aproximadamente 30 dias - ou exatos 30° - dentro dos 360° que formam o Zodíaco.
É preciso não esquecer a relação que, desde o princípio da Astrologia, foi estabelecida entre os Signos e as Estações do Ano (e aí se torna conveniente fazer uma adaptação dos Signos às Estações do Hemisfério Sul): toda a Astrologia estabelece a relação homem/meio-ambiente, porque toda ela é a representação exata das quatro Estações do Ano (nos dois hemisférios), o que, em última análise, a faz tratar do meio-ambiente, do qual o ser humano é apenas parte...
Se você nasceu no Hemisfério Sul da Terra, o símbolo do seu signo de nascimento não é, nunca foi e nunca será aquele que você sempre imaginou que fosse...
Os Signos do Zodíaco são símbolos que representam com exatidão as quatro Estações do Ano, sendo que cada Signo representa e rege um período (aproximadamente trinta dias, ou exatamente trinta graus) de uma determinada Estação.
A Astrologia foi toda desenvolvida no Hemisfério Norte da Terra (em uma época em que a Terra era considerada o centro do Universo) e ela é a representação exata das quatro Estações do Ano.
Quando a Astrologia veio para o Hemisfério Sul, ainda era pensamento corrente que as Estações do Ano fossem iguais em toda a superfície da Terra.
Sabendo-se que as Estações do Ano são, na verdade, duplas e opostas nos dois hemisférios terrestres, nas mesmas datas do Calendário, é coerente considerar-se que os Signos Zodiacais (símbolos astrológicos), representados pelas Estações do Ano, também sejam representados de maneira oposta nos dois hemisférios.
Quando a Astrologia foi criada (há quem prefira "descoberta") os Astrólogos diziam que a Terra era o ponto central do Universo e que o "céu" movia-se sobre e sob ela - os planetas, os satélites e as estrelas (todos os corpos celestes).
Hoje, 4000 (quatro mil) anos depois, os Astrólogos continuam dizendo a mesma coisa.
Para a Astrologia, da forma como ela foi concebida e desenvolvida, e é entendida até hoje (com a Terra sendo o centro do Universo e todos os corpos celestes movendo-se por sobre e sob ela), o que vale para um ponto da superfície terrestre vale igualmente para todos os demais pontos.
A Terra não é como a Astrologia diz que é e as coisas não acontecem como a Astrologia diz que acontece, mas, se alguém acredita que tudo seja como diz a Astrologia, fazer o quê?!
Para quem acredita na Astrologia, nenhum argumento, por mais convincente que possa ser, será capaz de mudar a sua crença.
Para se ter certeza absoluta de que os Signos Zodiacais (símbolos astrológicos) devem ser considerados invertidos nos dois hemisférios da Terra, basta saber o seguinte:
Os símbolos astrológicos (Zodíaco - com seus 360°; e Signos - cada um dos 12 com 30°) são estabelecidos sempre a partir do "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA", quando começa o Ano Astrológico.
Na Terra existem dois "EQUINÓCIOS DA PRIMAVERA": um no Hemisfério Norte e um no Hemisfério Sul.
Até agora (início do século XXI), os Astrólogos (as) apenas levam em consideração o "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA" do Hemisfério Norte.
Mas, para funcionar no Hemisfério Sul, da mesma forma que funciona no Hemisfério Norte (onde foi concebida e desenvolvida de acordo com o seu respectivo ciclo sazonal), a Astrologia precisa ter os seus símbolos estabelecidos de acordo com o seu respectivo ciclo sazonal, a partir do "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA".
Todo o funcionamento astrológico está diretamente ligado ao ciclo sazonal, ou seja, às quatro Estações do Ano, que sempre são contadas a partir do "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA".
Considerando-se a Terra como tendo o Polo Norte (Hemisfério Norte) em cima e o Polo Sul (Hemisfério Sul) embaixo, e lembrando-se de uma das Leis Herméticas - "Assim como é em cima, é embaixo... ", fica fácil entender que a Astrologia deve funcionar, no Hemisfério Sul, da mesma forma que funciona no Hemisfério Norte.
Para valer a "Lei Hermética", se os símbolos astrológicos são estabelecidos, no Hemisfério Norte, a partir do seu respectivo "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA", no Hemisfério Sul os símbolos astrológicos também devem ser estabelecidos a partir do seu respectivo "EQUINÓCIO DA PRIMAVERA".
E assim se poderá dizer que: "Assim como é em cima, é embaixo..."
Existe, por parte de muitos Astrólogos (as) do Hemisfério Sul, uma insistência em dizer que os Signos Zodiacais (símbolos astrológicos) nada têm a ver com as Estações do Ano.
Ao que parece, porque essa é a forma mais cômoda de justificar o fato de não se inverter os símbolos astrológicos para as análises relativas ao Hemisfério Sul da Terra.
Convém lembrar que durante pelo menos 3500 anos - desde a descoberta das Estações do Ano em 2000 A.C, pelos babilônios - a Astrologia que se conhece atualmente somente foi praticada pelos povos do Hemisfério Norte, onde ela foi concebida e desenvolvida, e os Signos (símbolos) sempre estiveram relacionados às quatro Estações do Ano, de acordo com a visão que se tinha delas, estando-se no Hemisfério Norte: Áries, Touro e Gêmeos representando a Primavera; Câncer, Leão e Virgem representando o Verão; Libra, Escorpião e Sagitário representando o Outono; Capricórnio, Aquário e Peixes representando o Inverno.
Também convém lembrar que "Signos" (símbolos) são apenas "agrupamentos" de "Sinais Celestes", realizados pelos Astrólogos, para facilitar o estudo da relação que pode existir entre as condições, os acontecimentos terrestres, e os movimentos celestes.
Um "Signo" (símbolo) não cria uma condição, um acontecimento terrestre, ele é apenas um "agrupamento" de "Sinais Celestes" que lembra tal condição, tal acontecimento.
Para saber que os povos do Hemisfério Norte achavam mesmo que as Estações do Ano e os seus Signos (símbolos) representativos eram iguais em toda a Terra, da forma como eles a concebiam, basta lembrar que eles criaram o conceito de "Trópicos", a partir de um modelo de Terra cuja superfície era plana e circular.
Entender que os povos antigos tivessem uma visão equivocada do modelo terrestre e do modelo celeste, a ponto de imaginarem que as quatro Estações do Ano e os seus Signos (símbolos) representativos fossem iguais de um polo ao outro, de um trópico ao outro, de um hemisfério ao outro, é até fácil e compreensível - a história relata o fato.
Impossível é entender e compreender que os povos atuais ainda queiram se basear nos conceitos equivocados dos antigos, como se eles fossem a mais pura expressão da verdade, e aceitar que as Estações do Ano e seus Signos (símbolos) representativos ainda sejam considerados iguais de um polo ao outro, de um trópico ao outro, de um hemisfério ao outro, quando se sabe que, ao contrário do que se imaginava antigamente, nos dois polos, nos dois trópicos, nos dois hemisférios terrestres, as condições, os acontecimentos são opostos.
A importância das Estações do Ano na Astrologia
Desde quando as Estações do Ano foram descobertas, em 2000 A.C. pelo povo da Babilônia, a Astrologia esteve ligada a elas, e pelo menos até o IV século A.C. - quando a Astrologia chegou na Grécia e veio assumir o seu estilo individualizado (passando a ser feita para o indivíduo) - o que realmente importava era saber tudo o que estava relacionado a cada uma das quatro Estações do Ano, e era a partir desse saber antecipado que as nações, que tinham acesso às informações preditivas, se organizavam e se preparavam para as épocas de plantar e colher, cuidar dos animais, preparar vestimentas adequadas, realizar festividades e cerimônias, realizar construções e tudo o mais que fosse considerado importante.
A única coisa que mudou - a partir do IV século A.C. - é que a Astrologia passou a ter, também, um caráter interpretativo individualizado.
Com relação à sua ligação com as Estações do Ano, a única coisa que mudou, algum tempo depois, foi o fato de os Signos deixarem de ser identificados de acordo com as Constelações - devido à precessão dos equinócios que muda as estrelas de longitude, embora as conserve na mesma latitude - e passarem a ser identificados apenas de acordo com os equinócios e solstícios e as suas Estações correspondentes.
De alguma forma a Astrologia tenta se desvincular das Constelações, mas jamais se separou das Estações do Ano, tanto que, ainda hoje, em pleno século XXI, o início de cada Ano Astral é sempre marcado pelo Equinócio da Primavera do Hemisfério Norte, e a partir daí, começando com Áries, os Signos são estabelecidos, de 30° em 30°, passando pelo Verão e pelo Outono, até que se complete o ciclo sazonal no último dia do Inverno, também do Hemisfério Norte...
Astrologia sem Estações do Ano, não existe.
Se os símbolos zodiacais precisam ser invertidos no Hemisfério Sul da Terra, para que coincidam com as respectivas Estações do Ano, como é que se explica o fato de os Astrólogos (as), no Hemisfério Sul, conseguirem "um certo grau de acerto" nas suas análises astrológicas, se tais análises estão sendo feitas sem que a inversão seja efetuada?
Isso acontece porque as análises são feitas somente levando-se em consideração a posição dos Astros em relação às Casas Astrológicas, e elas, as Casas, não mudam de posição - o que muda são os Signos dentro das Casas: independentemente de em qual hemisfério se esteja, a hora do nascimento determina a ordem das Casas, a partir do Signo Ascendente.
Os Signos, desde o Ascendente, mudam dentro das Casas, mas a ordem delas não se altera, ou seja: a Casa I (ascendente) será sempre a que aparecer no horizonte leste da Terra no momento a ser analisado.
A diferença básica é que, em um momento a ser analisado no Hemisfério Norte, se o Signo que aparece na Casa I é, por exemplo, Áries, no mesmo momento a ser analisado, no Hemisfério Sul, o Signo é Libra, tendo em vista o fato de os acontecimentos serem sempre opostos, simultaneamente, nos dois hemisférios terrestres.
E assim, se Marte, por exemplo, estiver presente na Casa I, isso significa que a análise vai mostrar "tendências impulsivas, agressivas, bélicas..." nos dois casos.
A diferença é que, no caso de Áries, ou Hemisfério Norte, as tendências estarão voltadas para o que diga respeito à individualidade, à própria pessoa; e no caso de Libra, ou Hemisfério Sul, as tendências estarão voltadas para a coletividade, para os outros.
Como as Casas têm significados específicos, ao se falar de tendências impulsivas na Casa I, por exemplo, mesmo que não se diga se as tendências afetam mais a individualidade ou a coletividade, estará se acertando quanto à existência das tendências.
O que falta é explicar (e só com a inversão dos símbolos é possível) se as tendências afetam a individualidade ou a coletividade - ou seja, se um indivíduo está sendo analisado, ele terá tendência a agir de modo impulsivo sobre si, se o Signo na Casa I for Áries, e sobre os outros, se o Signo for Libra.
Isso é o que falta ser explicado.
Mas, até que a inversão seja considerada e efetivada, Astrólogos (as) e consulentes se contentarão com a explicação de que "a tendência à impulsividade está presente nos assuntos relacionados à Casa I", mesmo que não se diga e/ou não se saiba se a tendência afeta o individual ou o coletivo.
As Casas Zodiacais, a exemplo dos Signos Zodiacais, seguem a representação simbólica das quatro Estações do Ano: tanto a Casa I (Ascendente), quanto o Signo I (Áries), estão relacionados aos 30° iniciais da Primavera.
A inversão dos símbolos é necessária, para que também haja, no Hemisfério Sul, a mesma relação que se verifica no Hemisfério Norte, quanto à representação simbólica das Casas Zodiacais e dos Signos Zodiacais, com as quatro Estações do Ano.
Em relação ao Zodíaco, o que precisa ser observado é o seguinte:
- O Zodíaco representa os 360° de percurso da Terra em torno do Sol e, astrologicamente, deve ter o seu início marcado junto ao equinócio da Primavera.
Como a Terra tem dois equinócios da Primavera (um para o Hemisfério Norte e outro para o Hemisfério Sul), isso significa que os 360° do Zodíaco devem começar a ser contados, em cada hemisfério, de acordo com o seu respectivo equinócio, e, a partir daí, cada espaço ou período de 30° deve receber o nome simbólico do seu Signo correspondente.
Constelações e Estações na Astrologia
Muitos Astrólogos dizem que os Signos nada têm a ver com as Constelações... mas continuam identificando as "Eras" através das Constelações e seus respectivos nomes de Signos...
Aliás, convém dizer que "Constelação" é apenas um agrupamento de estrelas, realizado pelos Astrônomos, a fim de facilitar o estudo do céu...
Quem pratica "Astrologia Tropical", diz que os Signos nada têm a ver com as Constelações... mas os "Trópicos" são identificados pelas Constelações: Câncer e Capricórnio, no início; atualmente (início do século XXI), Gêmeos e Sagitário...
Apesar de os nomes continuarem sendo os mesmos, os "Trópicos" mudam de Constelação a cada 2160 anos, devido ao movimento de precessão da Terra, do mesmo jeito que as "Eras Astrológicas" mudam de Constelação...
Da mesma forma, muitos Astrólogos dizem que a Astrologia nada tem a ver com as Estações do Ano - para não admitirem a necessidade de inversão dos símbolos para o Hemisfério Sul... mas continuam marcando o Ano Astrológico de acordo com as quatro Estações do Ano do Hemisfério Norte...
Os Trópicos e a Astrologia
Explicando o conceito de "Trópicos" e demonstrando que, mesmo sob tal conceito, as Estações do Ano e os Signos se invertem nos dois hemisférios terrestres:
- O conceito de Trópicos foi estabelecido a partir do Hemisfério Norte, com base nas Constelações Zodiacais, muito tempo antes de se descobrir o movimento de precessão da Terra (precessão dos trópicos).
Através da visão aparente da movimentação das Constelações e dos Astros (planetas, estrelas e satélites) sobre a superfície da Terra, imaginada "plana e circular (a princípio até quadrada)", no que convencionou-se chamar de direção Leste para Oeste, com desvio de inclinação para a direção Norte/Sul e vice-versa, é que se estabeleceu o conceito de Trópicos, para marcar o que parecia ser os desvios máximos de inclinação das Constelações (acompanhadas dos Astros) em direção ao norte e ao sul da superfície (imaginada) plana e circular terrestre.
Tal desvio de inclinação foi estabelecido a partir da divisão da superfície plana e circular terrestre, medida em 360°.
Dividindo a superfície terrestre em quatro partes de 90º, estabeleceu-se os quatro pontos cardeais, ou seja, as direções norte/sul, leste/oeste.
Partindo-se do ponto central da superfície (latitude e longitude 0°), estabeleceu-se
o máximo de longitude em 90° para o leste e 90° para o oeste, e o máximo em latitude em 90º para o norte e 90° para o sul (a linha divisória que marca 0° de latitude, e que se estende sobre a superfície plana terrestre, 90° em direção ao leste e 90° em direção ao oeste, foi estabelecida como Linha do Equador).
Com base em tal divisão, estabeleceu-se que os pontos máximos de desvio de inclinação das Constelações (acompanhadas dos Astros), partindo da latitude 0°, era de 23,27° em direção ao norte e 23,27° em direção ao sul.
Tendo as Constelações Zodiacais como pontos geográficos de referência, estabeleceu-se os 23,27° de desvio na direção norte como sendo o Trópico de Câncer (porque tal desvio se dava com a Constelação de Câncer), e os 23,27° de desvio na direção sul como sendo o Trópico de Capricórnio (porque tal desvio se dava com a Constelação de Capricórnio).
A referência máxima para se saber os pontos cardeais, e as Estações do Ano, era sempre o movimento aparente do Sol junto com as Constelações:
- As posições leste e oeste foram estabelecidas de acordo com a direção da aparente movimentação das Constelações e dos Astros sobre a superfície terrestre:
o lado em que o Sol aparentemente nascia ficou sendo o leste, e o lado onde o Sol aparentemente morria ficou sendo o oeste;
já para saber as posições norte e sul (estabelecidas de acordo com o aparente desvio de inclinação das Constelações e dos Astros), bastava um observador se posicionar de frente para o ponto leste - o norte ficava à sua esquerda e o sul à sua direita.
As Estações do Ano foram descobertas e estabelecidas de acordo com o seguinte critério:
- A cada vez que o Sol aparecia no ponto leste, junto com a Constelação de Áries, começava a primavera, que durava até o momento em que o Sol aparecia no ponto leste junto com a Constelação de Câncer... Aí começava o Verão, que durava até o momento em que o Sol aparecia no ponto leste junto com a Constelação de Libra... Aí começava o outono, que durava até o momento em que o Sol aparecia no ponto leste junto com a Constelação de Capricórnio... Aí começava o inverno, que durava até o momento em que o Sol novamente aparecia no ponto leste junto com a Constelação de Áries... Aí recomeçava o ciclo sazonal.
Quando isso tudo foi estabelecido, o que se pensava era que cada Estação do Ano acontecesse em toda a imaginada superfície plana e circular terrestre - não se tinha a mínima noção de que as Estações do Ano acontecessem de maneira simultânea e opostas ao sul e ao norte da latitude 0° (da linha do equador). E como toda a aparente movimentação celeste se dava sempre na mesma direção (do leste para o oeste), o que se imaginava era que:
1º)- A primavera, que começava sempre com o Sol surgindo no leste, com a Constelação de Áries na latitude 0°(com desvio de inclinação para o norte), era única para toda a Terra;
2º)- O verão, que começava sempre com o Sol surgindo no leste, com a Constelação de Câncer na latitude 23,27°N, era único para toda a Terra;
3º)- O outono, que começava sempre com o Sol surgindo no leste, com a Constelação de Libra na latitude 0° (com desvio de inclinação para o sul), era único para toda a Terra;
4º)- O inverno, que começava sempre com o Sol surgindo no leste, com a Constelação de Capricórnio na latitude 23,27°S, era único para toda a Terra.
Essa divisão da Terra foi feita de acordo com um modelo imaginado - de que ela era plana e circular. E todos os conceitos que foram estabelecidos desde então (entram aqui os astrológicos) eram para servir àquele modelo.
Não importa se a Astrologia é tropical, sideral "etc.. e tal" - seja uma ou "outras", os seus efeitos devem ser considerados invertidos, simultaneamente, ao sul e ao norte da latitude 0°, por tudo o que se sabe atualmente em relação à realidade do modelo que é a Terra, e que nada tem a ver com o modelo plano e circular que deu origem aos conceitos astrológicos que são mantidos ainda em pleno século XXI...
Muitos Astrólogos dizem que praticam a Astrologia Tropical, mas, ao mesmo tempo, dizem que as Constelações não podem ser consideradas como sendo "Signos Zodiacais"...
Aí...
Aí, sabendo-se que os "Trópicos" são definidos pelas Constelações, de Câncer para o Norte e de Capricórnio para o Sul (atualmente, início do século XXI, Gêmeos para o Norte e Sagitário para o Sul - devido ao movimento de precessão), como pode alguém praticar uma Astrologia, que se define pelas Constelações, sem levar em consideração as próprias Constelações que a define?!
Assim como o Sol, sendo único, produz simultaneamente efeitos invertidos e opostos nos dois hemisférios da Terra - Estações do Ano invertidas e opostas - por causa da inclinação de 23º5 que ela, a Terra, mantém em seu eixo de rotação, também o Zodíaco, sendo único, produz efeitos invertidos e opostos nos dois hemisférios terrestres - Signos invertidos e opostos.
Se você nasceu no Hemisfério Sul, abaixo da linha do equador, o seu Signo de nascimento é exatamente o oposto daquele que você sempre imaginou ser o seu...
Sabendo-se que o Signo de cada pessoa é definido no momento em que ela nasce, de acordo com a relação que a Terra estabelece com o Sol; sabendo-se que os efeitos do Sol sobre a Terra são sempre duplos, invertidos e opostos, grau após grau, segundo após segundo, durante todo o percurso que ela faz ao redor dele, enquanto realiza o seu movimento de translação, mantendo uma inclinação constante de 23,5° em seu eixo de rotação; e sabendo-se que isso produz Estações do Ano duplas, invertidas e opostas nos dois hemisférios da Terra, é fácil concluir que os Signos do Zodíaco também são produzidos de maneira dupla, invertida e oposta nos dois hemisférios da Terra nas mesmas datas do Calendário...
Cada Signo Solar do Zodíaco representa um período de uma determinada Estação do Ano e as Estações do Ano são invertidas (opostas) nos dois hemisférios da Terra nas mesmas datas do Calendário. Logo, se as Estações do Ano são invertidas (opostas) nos dois hemisférios da Terra, os Signos Solares também são invertidos (opostos) nos dois hemisférios da Terra nas mesmas datas do Calendário.
Percebendo a necessidade de inversão dos símbolos astrológicos para o Hemisfério Sul, por causa da inversão das Estações do Ano...
O conceito de que a Terra era o centro do Universo existiu durante milhares de anos e ninguém percebeu que não era... até que, um dia, alguém percebeu (Aristarco), algum tempo depois mais alguém percebeu (Copérnico), mais algum tempo depois alguém mais percebeu (Galileu)... e deu no que deu.
Com relação à necessidade de inversão dos símbolos astrológicos, o
povo INCA, antes de ter as suas terras invadidas pelos espanhóis, em 1532, e ter toda a sua cultura dizimada, já sabia dessa "inversão", e a Astrologia que praticava tinha o seu Ano Astral começando na Primavera do Hemisfério Sul e não no Outono, como querem os "tradicionalistas".
A inversão somente não foi percebida por mais pessoas, aqui no Hemisfério Sul, porque a maioria que se dedica à Astrologia realiza os seus estudos apenas através leitura das traduções dos livros que são escritos no Hemisfério Norte, para a cultura e condições do Hemisfério Norte, e procura aplicar aqui os conhecimentos apreendidos, como se os dois hemisférios terrestres fossem iguais.
Os Astrólogos Tradicionais ainda estão se valendo do modelo de Terra e de Cosmo, presente nos livros de Astrologia, que mostra um planeta e um sistema solar completamente diferentes da realidade: nesse modelo a superfície da Terra continua sendo plana e os Astros continuam girando por sobre ela.
É claro que, para esse modelo de Terra e de Cosmo, o que vale para um ponto da superfície terrestre vale todos os pontos; a Estação do Ano percebida em um Trópico é a mesma no outro Trópico...
Mas... como a realidade dos fatos é muito diferente do que está descrito nos livros de Astrologia, é preciso sim inverter os símbolos nos dois hemisférios, porque, se "Áries é símbolo da Primavera na Astrologia", ele tem de ser o símbolo da Primavera em qualquer lugar onde ela se manifeste, seja no Hemisfério Norte, no Hemisfério Sul, ou em qualquer outro lugar onde por ventura possa existir a Primavera, e o mesmo vale para todos os demais símbolos.
Se os povos antigos do Hemisfério Norte, que conceberam e desenvolveram a Astrologia, não tiveram capacidade de perceber que a Terra era da forma que é; se eles não puderam perceber que na Terra havia dois hemisférios, cada um com o seu ciclo sazonal independente do outro; se eles não puderam perceber que quando o Sol estava sendo visto no Trópico de Capricórnio, alí era verão, enquanto que para eles era inverno; se eles não puderam perceber que quando o Sol estava sendo visto no Trópico de Câncer, lá no Trópico de Capricórnio era inverno, enquanto alí era verão; se eles não puderam perceber que quando o Sol era visto na Constelação de Áries, no Trópico de Câncer era primavera, enquanto no Trópico de Capricórnio era outono; se eles não puderam perceber que quando o Sol estava sendo visto na Constelação de Libra, que no Trópico de Câncer era outono, enquanto no Trópico de Capricórnio era primavera; se eles não puderam perceber nada disso... isso é problema deles.
Todos os significados dos símbolos Astrológicos foram estabelecidos de acordo com o conceito de que os acontecimentos do Trópico de Câncer eram iguais aos acontecimentos do Trópico de Capricórnio, ou seja, se era primavera, verão, outono ou inverno no Trópico de Câncer, essa condição se estendia até o Trópico de Capricórnio e vice-versa.
É assim que os Astrólogos Tradicionais, em sua maioria, pensam até hoje, e querem que todos pensem da mesma forma...
Quanto a nascer "na linha do equador":
- Se alguém nasce 000000000,1° ao norte da linha do equador (ou latitude 0°), por exemplo, em 21 de março, no instante exato em que o Sol aparentemente cruza a "linha" e estabelece o início da primavera no Hemisfério Norte, essa pessoa nasce sob o símbolo do início da primavera, e o símbolo astrológico do início da primavera é Áries...
Mas, se o nascimento ocorre 000000000,1° ao sul da linha do equador (ou latitude 0°, no mesmo momento do exemplo, essa pessoa nasce sob o símbolo do início do outono, e o símbolo astrológico do início do outono é Libra.
Simples assim!
|
|